segunda-feira, 4 de abril de 2016

VENTANIAS

VENTANIAS

As ventanias aplainam e varrem as terras
Com céleres rajadas ao passar
Lá nas matas as árvores se agitam
Gemendo e clamando ao balançar.

Nos campos as ramagens se assustam
Despertando de um sono sonhador
Suas folhas se empunhando uma as outras
Num estado tenso de medo e pavor.   

Nas cavas os insetos se protegem
Daqueles ventos que sopram sem parar
Lá dentro eles respiram aliviados
Pois seus radares os avisam ao terminar.

Nas pastagens os animais se agasalham
Acastelam-se com firmeza e fervor
Enfrentam-se unidos as forças da natureza
E quando cessam se acasalam e fazem amor.

Os homens em suas casas se arrepiam
Ao sentir fúria naquele ventar assustador
Tentam salvar suas pérolas mais queridas
Sua família e todo o bem que conquistou.



domingo, 3 de abril de 2016

O ILUMINAR DA LUA

O ILUMINAR DA LUA

O sol já cansado
Atrás dos montes sumia,
O céu com seu jeito
Agradecido o acolhia.
Escurecia o horizonte
E a noite surgia
Escuridão total...
Nascia uma estrela
Brilhando no céu,
Apareceram outras
Mas pouco clareou.
Daí veio a Lua
E Sorrindo piscou
Num fechar de olhos
Tudo iluminou.
Jorrava um raiar
Onde nele estava
Resplandecente alusão,
Ganhando beleza
Irradiando paixão
Aqueles que a amam
Na sua extensão
A estrela mais bela
Da constelação.
  



ADEUS

ADEUS

Estava eu a mentalizar
Ensimesmado não vi
Que uma lágrima pousava
Na costa da minha mão.

Ao regressar percebi
Que a lágrima corria solta
Pelas veias da minha mão
Numa espécie de carinho.

Senti meu sangue ferver
Meu corpo se comprimir
As lembranças passear
Após meu mentalizar.

Percebi que aquela lágrima
Calada... triste e imolada
Foi um respingar do pensar
De meu sã mentalizar.

Mentalizava a saudade
De uma estrela que morreu
E o mandar daquela lágrima
Rezava sutil seu adeus.










O DESPERTAR DE UM SONO

O DESPERTAR DE UM SONO

Ainda era madruga
Feliz eu acordava
De um dormir sonhador.
La fora escuro
Mas já os pássaros cantavam
Anunciando o amor.
Saí no terreiro
Para sentir o aroma
E a ternura do esplendor.
A aurora brotava
Na galáxia divina
As nuvens zanzavam
Num lento caminhar
Onde paisagens surgiam
No meu imaginar.
Rostos de anjos
A sorrir e a cantar
Cantigas divinas
Que eu não sabia cantar.
Castelos dourados
Riqueza ao mirar
As tantas belezas
Que me faziam sonhar.
A tarde brotava
Num sutil chegar
Trocando a paisagem
Num simples piscar.
Rostos se apagavam
Anjos já não mais cantavam
E ela com a sua imponência
Assumia o lugar.
Não demorava...
A noite brotava
Com riqueza e glamour.
 O sol fenecia
As nuvens se abriam
A paisagem radiava
Amor e alegria
Tudo aquilo mudava
Mudava o esplendor.
As estrelas acordavam
A lua que despertava
De um descanso de luz
Voltando soberba
Radiando riqueza
Com total beleza
A toda natureza
Que Deus já criou.