domingo, 15 de maio de 2016

A NOITE


A NOITE

Radiosa e luxuosa és tu amada noite
Princesa dócil que alegra meu viver                     
Quimera que invade a minha alma
Banhando-me docemente com prazer.

Ao contemplar-te os meus olhos paralisam
A minha carne estremece de emoção
Sinto na alma uma energia tão suprema
Que me faz sentir o pular do coração.

Tens a beleza da negrura fascinante
Provocando todo ser a se inspirar
Graças a ti os poetas fazem versos
E os artistas pintam telas de pasmar.

Contemplo-te como sendo minha amada
Na minha mente passeiam as imaginações
Com tua chegada  as estrelas ganham vida
A lua fulge e ilumina todo o chão.

Nos campos os animais adormecem
Descansam de um dia abrasador
As pessoas repetem o mesmo gesto
Mas antes no escuro aproveitam e fazem amor.

Calho nas horas, sonho inocentemente
Amo-te noite... mesmo sem fazer amor
Imaculada assim a considero
Ó Minha amada!... eu me curvo ao teu pudor. 





NOITE

Noite

Quando o sol cansa à tardinha
Depois de um lindo alumiar
A noite aos poucos se alinha
Suas fados põem-se a piscar.

Piscam flamas desejosas
Que os amantes se estremecem
Umas queimas calorosas
Que seus órgãos obedecem.

Obedecem ao queimar
Do sangrar das emoções
Despertados no se amar
Nesse escuro de ilusões.

O! noite, como és bendita
Rainha da luz estrelar
Brilho de quem acredita

Na força do teu amparar.